Praticamente todos os sistemas religiosos, com exceção do Cristianismo, são, em escala maior ou menor, religiões de méritos e de obras. Eles invariavelmente nos apresentam maneiras pelas quais podemos nos salvar a nós mesmos: uma lei a guardar, um ensino a seguir, rituais a cumprir, sacrifícios a oferecer. O homem ganha sua salvação através de esforços religiosos ou morais, de um tipo ou de outro. O Cristianismo, porém, é uma religião de graça, ou seja, é impossível merecer a salvação: mas ela é recebida como um presente gratuito, imerecido e indevido, da parte de um Deus amoroso e misericordioso. O evangelho proclama que Deus salva, aceita e perdoa as pessoas tal como se encontram, em sua falta de mérito e em sua culpa. Nada podemos fazer para merecer o favor de Deus. Apenas nos aproximamos dele e confiamos em sua misericórdia.
É óbvio que isso não significa que o cristão não se interesse em fazer o bem. O Novo Testamento é explícito em afirmar que um crente em Cristo deve ser "zeloso de boas obras", mas isso porque ele é um cristão, e não a fim de se tornar um cristão. Deus salva os pecadores simplesmente porque deseja fazê-lo, e ele o faz através da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A tentativa de acrescentar algo à graça de Deus ou à obra de Cristo através de esforços pessoais para alcançar a retidão pessoal é o que de mais prejudicial existe..
A glória da fé cristã reside em que Deus perdoa gratuitamente aqueles que não merecem ser perdoados e que não conseguem erguer um único dedo para se ajudarem a si mesmos.
A mensagem do Novo Testamento é que nossa salvação é alcançada inteiramente, não por nós, mas por Deus. Não é uma questão de encontrarmos Deus, mas sim de Ele nos encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário