1. A 1ª Caminhada da Paz, ocorrida no último domingo, dia 12, foi um sucesso. Promovida pelo Conselho de Segurança teve total apóio da Prefeitura Municipal. O Prefeito Tica, sua esposa e alguns secretários se fizeram presentes em todo o evento.
2. Hoje, dia 14/12 a COOPAG promoveu uma série de palestras no auditório da Câmara Municipal. Estiveram palestrando respresentantes da ADAB, Fred, Associação Comunitária, Banco do Brasil. O evento contou com a participação de Presidentes de Associações de Varzea Nova e de outros municipíos, secretários municipais, prefeito e vereadores. O evento mostrou que existe uma viabilidade economica para Várzea Nova no que se refere ao campo.
3. Varzea Nova conseguiu hoje (dia 14) uma Creche e uma cobertura para a quadra do Colégio João de Souza. Parabéns ao Prefeito pelo empenho na busca de tais obras.
4. O TCM aprovou hoje as Contas da Prefeitura Municipal.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
MENSAGEM DE NATAL
Nesta pausa de festa, elevamos bem alto os nossos corações e pensamos com carinho e admiração em todos aqueles que, de uma ou de outra forma, cooperaram conosco no ano que passou. A eles o nosso agradecimento, a nossa homenagem e o nosso sorriso. O Supermercado Mini Marques agradece a Deus por tudo isso e muito mais. E deseja um Natal Maravilhoso a todos e que 2012 venha com mais sucesso..
Feliz Natal, Feliz Ano Novo!
Feliz Natal, Feliz Ano Novo!
SALVAÇÃO: MÉRITO OU GRAÇA?
Praticamente todos os sistemas religiosos, com exceção do Cristianismo, são, em escala maior ou menor, religiões de méritos e de obras. Eles invariavelmente nos apresentam maneiras pelas quais podemos nos salvar a nós mesmos: uma lei a guardar, um ensino a seguir, rituais a cumprir, sacrifícios a oferecer. O homem ganha sua salvação através de esforços religiosos ou morais, de um tipo ou de outro. O Cristianismo, porém, é uma religião de graça, ou seja, é impossível merecer a salvação: mas ela é recebida como um presente gratuito, imerecido e indevido, da parte de um Deus amoroso e misericordioso. O evangelho proclama que Deus salva, aceita e perdoa as pessoas tal como se encontram, em sua falta de mérito e em sua culpa. Nada podemos fazer para merecer o favor de Deus. Apenas nos aproximamos dele e confiamos em sua misericórdia.
É óbvio que isso não significa que o cristão não se interesse em fazer o bem. O Novo Testamento é explícito em afirmar que um crente em Cristo deve ser "zeloso de boas obras", mas isso porque ele é um cristão, e não a fim de se tornar um cristão. Deus salva os pecadores simplesmente porque deseja fazê-lo, e ele o faz através da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A tentativa de acrescentar algo à graça de Deus ou à obra de Cristo através de esforços pessoais para alcançar a retidão pessoal é o que de mais prejudicial existe..
A glória da fé cristã reside em que Deus perdoa gratuitamente aqueles que não merecem ser perdoados e que não conseguem erguer um único dedo para se ajudarem a si mesmos.
A mensagem do Novo Testamento é que nossa salvação é alcançada inteiramente, não por nós, mas por Deus. Não é uma questão de encontrarmos Deus, mas sim de Ele nos encontrar.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
EDUCAÇÃO
Viramos súditos das respostas simplórias. Todos fazem estudos que demonstram que professores melhores e mais tempo em sala de aula dão resultado melhor. Como a questão de professores melhores é subjetiva, e que leva tempo (uma ou duas décadas) para se consertar, parte-se para o segundo item. Assim, começa a grita pela escola integral e por mais tempo na sala de aula. Como se torturar a meninada com mais horas monótonas e mal pensadas fosse resultar em aprendizado duradouro. Que bobagem! Isso não passa de um clichê, que serve para dar aos pais e aos políticos a sensação, idealizada, de que algo está sendo feito. O custo é altíssimo, e esse percentual a mais de PIB que iria custear um aumento de jornada deveria ser usado na reforma curricular. [...] No mundo que está por vir, com currículos baseados na web e abolição gradual do sistema conteudista, acrescentar horas de aula é quase um ato criminoso. Essa dinheirama precisa ser redirecionada a fim de preparar as escolas para a revolução digital. Que, aliás, permitirá aos alunos surfarem questões em casa, em vez de acorrentá-los às carteiras.”Ricardo Semler – Folha de S.Paulo, 24/10/2011
DINHEIRO PARA SAÚDE DE VARZEA NOVA
Depois de várias tentativas junto a Secretária Estadual de Saúde e Ministério da Saúde e idas a Brasília, o Prefeito Tica, com a participação do Dep Nelson Pelegrini, conseguiu que o Governo Federal disponibilizasse para o município o valor de R$ 500.000,00, sendo necessário realizar uma Audiência Pública com a presença do Município - prefeito, Câmara de Vereadores, Câmara dos Deputados (um Deputado Federal presente ou representante) e sociedade civil (representação de Entidades).
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Capitães da Areia: as ruas da Bahia no cinema
É claro que muita coisa mudou desde a publicação de Capitães da Areia, romance dos mais expressivos da obra de Jorge Amado. Basta dizer que, em 1937, ano de sua primeira edição, exemplares foram queimados nas ruas da Bahia junto com obras de outros escritores, sob acusação de propaganda do Partido Comunista, do qual o escritor era militante. Vivíamos os primeiros momentos da ditadura do Estado Novo. Hoje vivemos num estado democrático de direito e festejamos os cem anos de nascimento de Jorge. Contudo, a transcrição do romance para o cinema nos leva a refletir sobre a obra, o criador e suas criaturas.
Capitães da Areia é um romance social de Jorge Amado. Nele, o autor narra a vida, a história e as peripécias de um grupo de crianças órfãs ou abandonadas que vivem nas ruas da capital baiana praticando pequenos furtos e biscates para sobreviver. À noite, além de namorar pelos becos, beber e fazer farra nos areais da Cidade Baixa, eles roubam as casas dos ricos na Cidade Alta e dormem nos trapiches abandonados nas cercanias do Porto.
O romance tem a clara intenção de denunciar o abandono das crianças por parte do Estado e da sociedade, que as vê como bandidos e exigem que devam ser tratadas pela polícia como tal. E a polícia, na opinião das elites e dos governantes, deve prendê-las e puní-las; ou, na melhor das hipóteses, encarcerá-las nos reformatórios.
Através da voz do narrador, fica evidente que o drama vivido pelas crianças retrata um problema social decorrente da omissão do Estado. Subjacente a este discurso do narrador está a acusação de que o abandono dos meninos é conseqüência de um mal maior: o sistema capitalista, causador de desigualdades e opressão e que, portanto, deve ser substituído por outro sistema, mais igualitário; o socialista.
Em apoio ao discurso do narrador, a construção dos personagens de Capitães da Areia é feita de forma a desconstruir o discurso das elites que os caracterizam como bandidos. Assim, Pedro Bala – o chefe dos meninos de rua que se transforma em líder de greves e militante do Partido Comunista – Professor, Gato, Sem Pernas, Pirulito, Volta Seca, Dora e outros “capitães” são mostrados como crianças que sentem falta da figura materna, são alegres e brincalhonas, têm sonhos e fantasias, ainda que sejam obrigadas a se comportar como adultos para sobreviver.
Abstendo-se de fazer análise sociológica e comparações do tempo do romance com o mundo contemporâneo ou com a Bahia de 2011, percebe-se que o romance Capitães da Areia tem atualidade na sua essência. A existência, ainda hoje, de crianças de rua no mais completo estado de abandono por ausência ou ineficácia das políticas públicas, faz os "capitães de areia" de hoje terem de recorrer aos mesmos métodos de Pedro Bala e sua turma para sobreviver, apesar de os trapiches não mais estarem disponíveis e os depósitos abandonados de ontem terem sido transformados em casas de show, prédios requintados ou restaurantes de luxo. Para os meninos e meninas de rua restaram apenas as calçadas, pedaços de papelão e a tragédia das drogas.
* Everaldo Augusto é professor e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal da Bahia (Ufba)
domingo, 13 de novembro de 2011
FRASES
Viramos súditos das respostas simplórias. Todos fazem estudos que demonstram que professores melhores e mais tempo em sala de aula dão resultado melhor. Como a questão de professores melhores é subjetiva, e que leva tempo (uma ou duas décadas) para se consertar, parte-se para o segundo item. Assim, começa a grita pela escola integral e por mais tempo na sala de aula. Como se torturar a meninada com mais horas monótonas e mal pensadas fosse resultar em aprendizado duradouro. Que bobagem! Isso não passa de um clichê, que serve para dar aos pais e aos políticos a sensação, idealizada, de que algo está sendo feito. O custo é altíssimo, e esse percentual a mais de PIB que iria custear um aumento de jornada deveria ser usado na reforma curricular. [...] No mundo que está por vir, com currículos baseados na web e abolição gradual do sistema conteudista, acrescentar horas de aula é quase um ato criminoso. Essa dinheirama precisa ser redirecionada a fim de preparar as escolas para a revolução digital. Que, aliás, permitirá aos alunos surfarem questões em casa, em vez de acorrentá-los às carteiras.”Ricardo Semler – Folha de S.Paulo, 24/10/2011
FRASES
"Existe um denominador comum das crises econômicas, sociais e ambientais do nosso planeta: o padrão de consumo humano. Os estilos de vida da sociedade são um dos fatores que resultam nas chamadas doenças crônicas não transmissíveis: câncer, doenças respiratórias, condições cardiovasculares, hipertensão e diabetes, que matam no mundo cerca de 35 milhões de pessoas por ano. Tabagismo, alimentos com alto teor de gordura, sal e açúcar e o consumo nocivo de bebidas alcoólicas causam mais de dois terços dos novos casos dessas doenças. [...] O homem é parte do ambiente em que vive. Os agravos sobre a saúde do planeta e a saúde humana têm causas interligadas. Para resolvê-los, é imperativo que os países adotem uma abordagem sistêmica e integrada.”Luiz Antônio Santini e Tânia Cavalcante – Folha de S.Paulo, 23/10/2011
sábado, 12 de novembro de 2011
FRASES
“Apenas uma população bem informada será capaz de tomar as decisões para um futuro melhor. Por isso, precisamos de mais ciência na mídia, nas escolas, nas nossas comunidades. Se o Brasil quer estar entre as cinco maiores potências mundiais nas próximas décadas, precisará de uma população educada cientificamente, preparada para competir com países que sabem da importância da ciência para o desenvolvimento.”Marcelo Gleiser – Folha de S.Paulo, 23/10/2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
FRASES
A Biblia nos ensina a melhor forma de viver. a forma mais nobre de sofrer e a forma mais confortável de morrer
CULTURA E IDEOLOGIA - ANOTAÇÕES SOCIOLOGICAS
Mundo natural é aquele que, como já se diz, pertence estritamente à Natureza e, por conseguinte, constitui-se de produtos livres de intervenção humana. Só não pertencem ao mundo natural os produtos resultantes, sejam em parte ou não, da ação humana, pois estes devem entrar no domínio da cultura.
CULTURA - É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação (língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, arte, moral, etc), estando em permanente processo de mudança.
O antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) diz que a cultura deve ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos, entre os quais se incluem a arte, a ciência, a religião e as normas econômicas. Esses sistemas se relacionam e influenciam a realidade social e física das diferentes sociedades.
Ele procurou analisar o que era comum e constante em todas as sociedades, ou seja, as regras universais e os elementos indispensáveis para a vida social.
Discriminar significa "fazer uma distinção". O significado mais comum tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica.
DIVERSIDADE - Movimento que vai na contra-corrente da monocultura ou cultura única. Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto sob certa ótica, nascer e conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou ser mulher são algumas condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e ideológica.
ETNOCENTRISMO é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. Ou seja, cada grupo ou sociedade se acha superior e olha com desprezo e desdém os outros, tidos como estranhos ou estrangeiros. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro.
Na História, temos exemplos de etnocentrismo: os romanos chamavam de “bárbaros” aqueles que não eram da sua cultura; os europeus, no período dos grandes descobrimentos, chamavam os moradores da América de “selvagens”.
O etnocentrismo foi um dos responsáveis pela geração de intolerância e preconceito – cultural, religioso, étnico e político. Hoje, ele se manifesta: a) na ideologia racista da supremacia do branco sobre o negro ou de uma etnia sobre a outra; b) que a cultura ocidental é superior as demais e que elas devem mudar suas crenças, normas e valores;
Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes.
Trocas culturais e culturas híbridas - Em seu livro Culturas híbridas, Néstor García Canclini, ele declara que, até o século XIX, as relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas oralmente e por meio de livros.
Já no século XIX e início do século XX, cresceu a possibilidade de trocas culturais, pois houve um grande desenvolvimento dos meios de transporte, do sistema de correios, da telefonia, do rádio e do cinema. As pessoas passaram a ter contato com situações e culturas diferentes. O mundo não era mais apenas o local em que um grupo vivia. Tornou-se muito mais amplo, assim como as possibilidades culturais.
No decorrer do século XX, com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o cinema; a televisão e a internet tornaram-se instrumentos de trocas culturais intensas, e os contatos individuais e sociais passaram a ter não um, mas múltiplos pontos de origem e não se sabe mais a origem delas. As culturas de países distantes ou próximos se mesclam a essas expressões, construindo culturas híbridas que não podem ser mais caracterizadas como de um país, mas como parte de uma imensa cultura mundial.
Cultura erudita e cultura popular - A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior, identificada com as elites.
A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas - escultura e pintura -, o teatro e a literatura de cunho universal. Esses produtos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns casos, até deixados de herança como bens físicos:
A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música - de sertaneja a cabocla -, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao que é tradicionalmente produzido no meio rural. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural de base popular. .
A ideologia, suas origens e perspectivas - Uma das primeiras idéias sobre ideologia foi expressa por Francis Bacon (1561-1626). Ao recomendar um estudo baseado na observação, declarava que, até aquele momento, o entendimento da verdade estava obscurecido por ídolos, ou seja, por idéias erradas e irracionais.
Um segundo sentido de ideologia, o de "idéia falsa" ou "ilusão", foi utilizado por Napoleão Bonaparte em 1812. Napoleão afirmou que seus adversários, que questionavam e perturbavam a sua ação governamental, eram apenas metafísicos, pois o que pensavam não tinha conexão com o que estava acontecendo na realidade, na história.
Karl Marx se referiu à ideologia como um sistema elaborado de representações e de idéias que correspondem a formas de consciência que os homens têm em determinada época. Ele afirmou ainda que as idéias dominantes em qualquer época são sempre as de quem domina a vida material e, portanto, a vida intelectual.
Marx desenvolveu a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como na câmara fotográfica, em que a imagem aparece "invertida".
Karl Mannheim (1893-1947) conceitua duas formas de ideologia: a particular e a total. A particular corresponde à ocultação da realidade, incluindo mentiras conscientes e ocultamentos subconscientes e inconscientes, que provocam enganos ou mesmo auto-enganos. A ideologia total é a visão de mundo (cosmovisão) de uma classe social ou de uma época. Nesse caso, não há ocultamento ou engano, apenas a reprodução das idéias próprias de uma classe ou idéias gerais que permeiam toda a sociedade.
Para Mannheim, as ideologias são sempre conservadoras, pois expressam o pensamento das classes dominantes, que visam à estabilização da ordem. Em contraposição, ele chama de utopia o que pensam as classes oprimidas, que buscam a transformação.
A ideologia e o grupo social - Todos nós participamos de certos grupos de idéias. São espécies de "bolsões" ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos, pelas quais também lutamos, que têm opiniões muito parecidas com as nossas.
A ideologia no cotidiano - Em nosso cotidiano, ao nos relacionarmos com as outras pessoas, exprimimos por meio de ações, palavras e sentimentos uma série de elementos ideológicos. Como vivemos em uma sociedade capitalista, a lógica que a estrutura, a da mercadoria, permeia todas as nossas relações, sejam elas econômicas, políticas, sociais ou sentimentais. Podemos dizer que há um modo capitalista de viver, de sentir e de pensar.
A expressão da ideologia na sociedade capitalista pressupõe a elaboração de um discurso homogêneo, pretensamente universal, que, buscando identificar a realidade social com o que as classes dominantes pensam sobre ela, oculta as contradições existentes e silencia outros discursos e representações contrárias.
Esse discurso não leva em conta a história e destaca categorias genéricas - a família ou a juventude, por exemplo -, passando, em cada caso, uma idéia de unidade, de uniformidade. Ora, existem famílias com constituições diferentes e em situações econômicas e sociais diversas. Há jovens que vivem nas periferias das cidades ou na zona rural, enfrentando dificuldades, bem como jovens que moram em bairros luxuosos ou condomínios fechados, desfrutando de privilegiada situação econômica ou educacional. Portanto, não existe a família e a juventude, mas famílias e jovens diversos, cada qual com sua história.
Mas existem outras formas ideológicas que são desenvolvidas sem muito alarde e que penetram nosso cotidiano. Uma delas é a idéia de felicidade. Felicidade, para muitos, é um estado relacionado ao amor, mas também significa estabilidade financeira e profissional, bem-estar existencial e material. É um conjunto de situações, mas normalmente a mais focalizada é a amorosa. E os filmes, as novelas, as revistas, apesar de todas as condições adversas que um indivíduo possa enfrentar, estão sempre reforçando o lema: "o amor vence todas as dificuldades".
Talvez a maior de todas as expressões ideológicas que encontramos em nosso cotidiano seja a idéia de que o conhecimento científico é verdade inquestionável. Muitas pessoas podem não acreditar em uma explicação oferecida por campos do conhecimento que não são considerados científicos, mas basta dizer que se trata de resultado de pesquisa ou informação de um cientista para que a tomem como verdade e passem a orientar suas práticas cotidianas por ela. Isso aparece principalmente quando as informações e notícias são veiculadas pelos meios de comunicação e se referem à saúde. Da busca do sentido da vida às possibilidades de sucesso, a ciência é vista como uma grande solução para todos os problemas, males e enigmas.
O pensamento científico é histórico e tem sua validade temporária, sendo a dúvida seu valor maior.
Mas o conhecimento científico, quando analisado da perspectiva de um pensamento hegemônico ocidental, torna-se colonialista, pois o que é particular (ocidental) se universaliza e se transforma em um paradigma que nega outras formas de explicar e conhecer o mundo. Assim, desqualifica outras culturas e saberes, tidos como inferiores e exóticos, como o conhecimento das civilizações ameríndias, orientais e árabe.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
O TEIMOSO SONHO DA HUMANIDADE
No livro O Fim da Utopia (Record), o professor de história e educação da Universidade da Califórnia, Russell Jacoby, confessou ao Jornal do Brasil que ninguém vai querer viver sem utopias: “Penso que é importante manter-se compromissado com a idéia de que o futuro pode ser melhor e diferente. Abandonar isso acaba afetando a vida em todos os aspectos.” (JB, Idéias, 10/11/2001, p. 3.)
Dentro de cada um de nós há pelo menos uma vaga esperança de um mundo novo. Não importa se somos ignorantes ou letrados, pobres ou ricos, pagãos ou cristãos. O fenômeno é tão antigo quanto a mais antiga civilização. Até Karl Marx, que tentou destruir a religião, chamando-a de “o ópio do povo”, dizia que a história caminha para a remissão do homem de todas as injustiças, mazelas e desigualdades. Embora por vias totalmente opostas, o cristão também nutre essa visão escatológica, que termina com “novos céus e nova terra” (2 Pe 3.13, NVI).
Na mitologia romana, Anquises, aquele pastor de Tróia que se casou com a deusa Vênus, explicava ao filho Enéias: “A maioria das almas anseia, mais cedo ou mais tarde, pelo céu aberto, e vêm para beber o esquecimento e nascer outra vez”.
E na mitologia iraniana, “quando o tempo se aproximar do fim, Saoshyant, o sábio, virá para preparar o mundo para ser renovado e ajudar Ahura Mazda, aquele que sabe, a destruir o cruel Ahriman. Então o tempo chegará ao fim e haverá um novo começo para o mundo. Saoshyant levantará os mortos, Ahura Mazda unirá corpo e alma. O novo mundo será imortal. Aqueles que viveram até a idade adulta, serão trazidos de volta na idade de 40 anos; aqueles que morreram crianças serão trazidos com a idade de 15 anos; todos viverão felizes com suas famílias e amigos.” (Livro Ilustrado dos Mitos, pp. 155, 175-177.)
Ontem, os indígenas brasileiros alimentavam a esperança de “uma terra sem males”. Hoje, os esotéricos alimentam a esperança de “uma era de ouro”, a era de Aquário, quando desaparecerão a fome global, a ameaça de guerra nuclear, a destruição do meio ambiente, a Aids, a criminalidade etc.
O animal não tem esperança, nem sabe o que é esperança. A esperança é um fantástico problema do ser humano, “o único animal que tem a frescura de querer saber de onde vem, para onde vai e o que é que é”, segundo Millôr Fernandes. E, na vida, acrescenta Murilo Astora, presidente do Conselho Estadual Antidroga, do Rio de Janeiro, “só existe um homem perdido: aquele que perdeu a esperança”. É como explica a “nossa” Rainha Silvia, da Suécia, “felicidade, acima de tudo, e poder acreditar no futuro”.
A revista Época fez a clássica pergunta “Para onde caminha a humanidade?” à professora de filosofia política da USP Olgária Matos e obteve a seguinte resposta: “Para a utopia dos vales, onde corre o leite, o mel, ou para a barbárie, para a emancipação de todos os sentidos, ou para a destruição do homem pelo homem”. Mesmo que estejamos caminhando para “a destruição do homem pelo homem”, mesmo que experimentemos uma catástrofe mundial (de acordo com a mitologia escandinava), mesmo que o nosso planeta seja incendiado (de acordo com Pedro) — “nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pe 3.13).
Na esperança cristã, a humanidade caminha para um mundo novo. Mas não será por meio da evolução, das reencarnações, das religiões, da globalização, da guerra, do terrorismo, do pacifismo, da falida ONU, do nirvana nem do esforço humano. Será por meio de uma intervenção direta de Deus, por ocasião da 2ª vinda de Jesus Cristo.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
FRASES
1. ""A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
2. Deus existe para tranquilizar a saudade.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
DIA DO IDOSO - VÁRZEA NOVA
A Secretaria Municipal de Assistência Social, através do CRAS promoveu no último final de semana de outubro um passeio à Barra de Pojuca, litoral baiano, em comemoração ao Dia do Idoso.
Participaram da atividade os idosos ligados ao Centro de Convivência.
A atividade foi monitorada pela Sec. Valdenice Pimentel, a equipe do CRAS e uma enfermeira. Segundo a Secretária “Os passeios tem como objetivo oferecer o lazer e a confraternização entre os idosos atendidos, contribuindo para socialização entre eles. Eles proporcionam uma realidade diferente da que eles vivem. São momentos importantes e o Município tem proporcionado toda a estrutura...”.
As Secretarias de Ação Social e de Saúde tem desenvolvido diversas atividades voltadas para o idoso, contribuindo para a integração, autonomia e participação efetiva dos idosos na comunidade.
Esse é o 2º passeio realizado pela Secretaria fora da área geográfica do município.
Parabéns a Secretária, a Prefeitura Municipal pelas ações desenvolvidas e a todos os idosos pelo seu dia.
FINADOS – DIA DOS MORTOS
Dia dois de novembro é comemorado, em todo Brasil, o Dia de Finados. A data, instituída pelo catolicismo, remete à idéia de que, neste dia, os mortos devem ser homenageados. Como acreditam que, ao morrer, as pessoas ainda passam pelo “purgatório”, faz parte da tradição católica proferir rezas em favor dos mortos durante este dia, principalmente nos cemitérios.
Finados, morte, sepulcro, enterro, cemitério e etc. são palavras que não gostamos de ouvir. Esse assunto não é do interesse de ninguém, a menos que essas coisas chegam de repente sem mais nem menos. Todavia, a Palavra de Deus fala desse assunto. Sabemos que a morte em muitos momentos não é tão feia, nem tão imprópria. Ela vem, mais cedo ou mais tarde não há como escapar da mesma.
Um dia de saudades e tristeza pela morte de algum ente querido, mas também um dia de reflexão e valorização da vida.
Jesus ensinou que a vida humana é muito mais que mera existência humana. Disse nosso Senhor: “... Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente...” (Jo 11.25,26). Jesus não é somente aquele que ressuscita e dá vida; ele é pessoalmente a ressurreição e a vida.
A morte não tem a última palavra naqueles que são de Jesus. O que para muitos é o fim (finados), para aqueles que estão em Cristo é dia de esperança. Esperança que vai além, de que estarão para sempre com o Senhor, desfrutando de uma vida mais rica e mais completa.Para quem está em Cristo, dois de novembro é o Dia da Esperança Cristã!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
ABSOLUTISMO
Entendemos por absolutismo o regime político que se caracteriza pela suprema autoridade do Estado e pela concentração de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) nas mãos do rei que exerce o poder sem restrição legal.
Esse regime predominou na maioria dos países europeus entre os séculos XVI e XVIII.
Foi de fundamental importância para a concentração do poder real a aliança entre o rei e a burguesia. Apoiados no capital da burguesia, os reis puderam formar exércitos mercenários e assim, fortalecer seu poder pessoal.
O rei implanta uma política tributária. Recebe impostos da burguesia. As terras descobertas pertencerão ao rei.
A situação financeira do Estado influenciou o surgimento de uma política de emissão monetária e houve a substituição das moedas locais que os senhores feudais cunhavam pela moeda real.
A burguesia exigiu: a padronização monetária, dos pesos e medidas; adoção de mecanismos protecionistas, garantindo a expansão das atividades comerciais; a adoção de incentivos comerciais; criação de Companhias de Comércio; imposição dos monopólios.
No Estado absolutista, a sociedade estava organizada em três ordens sociais ou estado: a) Primeiro Estado, composto pelo clero. b) Segundo Estado, composto pela nobreza. c) Terceiro Estado, composto pela burguesia e pelo povo em geral.
Características Básicas do Absolutismo: Povo é considerado súdito, ou seja, possui apenas deveres. Havia a intervenção do Estado na economia.
Durante a Idade Média, o poder estava dividido em três esferas: poder local, exercido pela nobreza medieval; poder nacional, exercido pela Monarquia; poder universal exercido pelo Papa
O fim do poder papal medieval permitiu aos reis o controle das Igrejas nacionais e o recebimento das rendas eclesiásticas. Os tribunais do Papado (que controlavam a disciplina eclesiástica) e tribunais locais (controlados pelo senhor feudal) foram substituídos pelos tribunais reais, possuidores do poder judicial.
Controle do Legislativo: Todas as decisões do reino estavam controladas diretamente pelo rei, que possuía o direito de criar as leis. Rex Lex – o rei é a lei
Burocracia Estatal: corpo de funcionários que auxilia na administração das obras públicas com o objetivo do fortalecimento o controle do Estado e do poder real.
Pensadores criaram argumentos e teorias para explicar e justificar o Absolutismo.
Nicolau Maquiavel (1469-1525). - Maquiavel foi um diplomata e historiador italiano. É sem dúvida o mais famoso e o mais infame dos filósofos políticos da Renascença Italiana. Principal obra: “O Príncipe”, na qual defendia que o monarca deveria utilizar qualquer meio – lícito ou não – para manter o controle do seu reino.
A frase que resume suas idéias é: “Os fins justificam os meios”.
Síntese da Obra - É um manual cuja finalidade é dar conselhos de como conseguir e manter o poder. Quem Deseja Conquistar e Manter o Poder - É fundamental/imprescindível ter VIRTU!!! Virtu é o Deus da Guerra em Roma, cujas “qualidades” são: ser inteligente, violento, imprevisível etc.
É mais fácil conseguir ou manter o poder? Conseguir! Manter é que é o difícil. Conselhos Para Conseguir o Poder: Entrar para o meio político, fazer amigos conseguindo apoio e financiamento e firmar alianças.
Conselhos para manter o poder: Matar a todos que te ajudaram e matar todos de uma só vez.
Ter bons conselheiros, mas decidir sozinho. Dar a palavra, mas só manter se ela o beneficiar; Dividir para governar, semeando a discórdia entre os grandes com o objetivo de enfraquecê-los; A força é justa, quando necessária. Sejam quais forem os meios necessários para capacitá-la a cumprir essa obrigação, não deve o príncipe hesitar em adotá-los. Cínico no modo como encarava a natureza humana, Maquiavel afirmava que todos os homens são movidos exclusivamente por interesses egoístas e pela ambição de poder pessoal e prosperidade material. Segundo ele, a natureza humana é corruptível e, por isso, a razão humana é sempre uma razão pragmática, utilitarista e calculista. Por isso, o ser humano é capaz de se corromper sempre que os desejos se sobrepõem. Portanto, o chefe de Estado nunca deverá fiar-se na lealdade ou na afeição dos seus súditos. Ele deve supor que todos os homens são potencialmente seus rivais e, por isso, deve tratar de lançá-los uns contra os outros, em proveito próprio.
Thomas Hobbes (1588-1679) Foi um matemático e filósofo inglês. O homem em seu estado de natureza é egoísta. Este egoísmo gera prejuízos para todos. Procurando a sociabilidade, os homens estabelecem um pacto: abdicar de seus direitos em favor do soberano, que passa a ter o poder absoluto. Hobbes admite é a existência do pacto social.
Criou a obra Leviatã. A frase que resume suas idéias é: O homem é o lobo do homem;
Jean Bodin(1530-1596)foi um jurista francês. Além de preocupar-se com questões de ordem política, Bodin também era um famoso perseguidor das manifestações heréticas de sua época. Sua ação contra valores religiosos considerados anticristãos acabou deixando-o conhecido como “procurador do Diabo”.
Segundo o próprio autor, “todas as leis da natureza nos guiam para a monarquia; seja observando esse pequeno mundo que é nosso corpo, seja observando esse grande mundo, que tem um soberano Deus; seja observando o céu, que tem um só Sol”. Por isso, esse teórico absolutista será considerado um dos defensores do “direito divino dos reis.
Considerava o poder do monarca como absoluto e de origem divina. O poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente ao governante. O poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súditos devem obediência ao rei.
Jacques Bossuet(1627-1704) foi um bispo e teólogo francês. Defensor da teoria da origem divina do poder real, ou seja, para ele, os reis só prestavam satisfação de seus atos ao Criador. Fez parte da corte do rei Luís XIV e defendeu perseguições contra oponentes do monarca. Chegou ao extremo de definir como herético qualquer um que tivesse opinião própria. Obra principal: "A Política tirada da Sagrada Escritura na qual criou o argumento que o governo era divino e os reis recebiam o seu poder de Deus. Assim, desobedecer a autoridade real seria considerado um pecado mortal.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
DEMOCRACIA
Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. É um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo). Democracia é o governo do povo para o povo”.
Tipos de Democracias – a) Democracia Direta onde o povo expressa sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e b) Democracia Representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.
A prática do voto obrigatório remonta à Grécia Antiga quando o legislador Sólon fez aprovar uma lei específica obrigando os cidadãos a escolher um dos partidos, caso não quisessem perder seus direitos de cidadãos.
No Brasil, o voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos, e opcional para cidadãos de 16, 17 ou acima de 65 anos. Críticos dessa lei argumentam que ela facilita a criação de currais eleitorais, onde eleitores de baixo nível educacional e social são facilmente corrompidos por políticos de maior poder financeiro, que usam técnicas de marketing (quando não dinheiro vivo ou favores diretos) para cooptá-los. Ainda de acordo com os críticos, o voto obrigatório é uma distorção: o voto é um direito, e a população não pode ser coagida a exercê-lo.
Governo da Maioria, Direito da Maioria - Governo da maioria é um meio para organizar o governo e decidir sobre assuntos públicos. Nenhuma maioria deve tirar os direitos e as liberdades fundamentais de um grupo minoritário ou de um indivíduo.
As minorias — seja devido à sua origem étnica, convicção religiosa, localização geográfica, nível de renda ou simplesmente por ter perdido as eleições ou o debate político — desfrutam de direitos humanos fundamentais garantidos que nenhum governo e nenhuma maioria, eleita ou não, podem tirar.
As minorias devem acreditar que o governo vai proteger os seus direitos e a sua identidade própria. .
Entre os direitos humanos fundamentais que qualquer governo democrático deve proteger estão a liberdade de expressão; a liberdade de religião e de crença; julgamento justo e igual proteção legal; e liberdade de organizar, denunciar, discordar e participar plenamente na vida pública da sua sociedade.
Através do processo democrático de tolerância, debate e disposição para negociar é que as sociedades livres podem chegar a acordos que abranjam os pilares gêmeos do governo da maioria e dos direitos das minorias.
Partidos Políticos - são organizações voluntárias que ligam as pessoas a seu governo. Os partidos recrutam candidatos e fazem campanha para os elegerem a cargos públicos e mobilizam as pessoas para participarem na escolha dos governantes.
O partido da maioria procura decretar leis sobre muitas políticas e programas diferentes. Os partidos de oposição são livres para criticar as idéias políticas do partido da maioria e apresentam as suas próprias propostas.
Como qualquer democracia, os membros dos vários partidos políticos refletem a diversidade de culturas de onde provêm. Alguns são pequenos e construídos em torno de um conjunto de convicções políticas. Outros são organizados em torno de interesses econômicos ou de uma história comum. Outros ainda são alianças livres de vários cidadãos que podem juntar-se apenas em período eleitoral.
Os partidos que perdem as eleições passam para a oposição — confiantes que o sistema político continuará a proteger o direito de organizar e denunciar. Eventualmente, o seu partido terá a oportunidade de fazer campanha novamente pelos seus ideais e pelos votos do povo.
Responsabilidade dos cidadãos - Os cidadãos nas democracias devem concordar em seguir as regras e os deveres pelos quais se regem. As democracias garantem muitas liberdades aos seus cidadãos incluindo a liberdade de discordar e de criticar o governo.
A cidadania numa democracia exige participação, civismo e mesmo paciência.
Os cidadãos democráticos reconhecem que não têm apenas direitos, têm também deveres.
Deveres: ser membros do júri, cumprir o serviço militar ou cívico obrigatório; respeito pela lei; pagar os seus impostos, aceitar a autoridade do governo eleito e respeitar os direitos dos que têm pontos de vista diferentes.
Para que a democracia seja bem sucedida os cidadãos têm que ser ativos, não passivos, porque sabem que o sucesso ou o fracasso do governo é responsabilidade sua e de mais ninguém. Por seu lado, o governo entende que todos os cidadãos devem ser tratados de modo igual e que não há lugar para a corrupção num governo democrático.
Num sistema democrático as pessoas que não estão satisfeitas com os seus líderes são livres para se organizarem e apoiarem pacificamente a mudança — ou tentar votar contra esses líderes em novas eleições no período próprio.
Os cidadãos numa democracia podem aderir a partidos políticos e fazer campanha pelos candidatos que preferirem.
São livres para se candidatarem ou servirem como dirigentes públicos nomeados durante algum tempo.
Utilizam uma imprensa livre para falar com franqueza sobre questões locais e nacionais.
Aderem a sindicatos, grupos comunitários e associações empresariais.
Imprensa livre - Numa democracia, a imprensa não deve ser controlada pelo governo.
Uma imprensa livre informa o público, responsabiliza os dirigentes e proporciona um fórum para o debate das questões locais e nacionais.
Para que o público confie na imprensa, os jornalistas devem relatar fatos com base em fontes e informações fidedignas.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
STEVE JOBS, TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA
Nas últimas horas fui surpreendido com a emoção que a morte de Steve Jobs causou em mim. Nunca o conheci pessoalmente. Em 2001 estive na conferência Macworld, em Nova Iorque, pouco antes dos ataques de 11 de setembro, e tive a oportunidade de presenciar o seu brilho enquanto Steve fazia o que mais gostava de fazer: apresentar ao mundo uma nova invenção, na qual havia investido inúmeras horas e quantidades inestimáveis de energia. Seu amor pela Apple e pelos produtos que criou, junto com a sua equipe, transparecia claramente. Não havia nada de forçado ou falso em sua apresentação, e era óbvio que ele realmente acreditava que as suas inovações tecnológicas representavam não apenas uma revolução na indústria, mas uma contribuição importante para a nossa civilização, mudando o nosso jeito de trabalhar, divertir e relacionar.
Foi esse o tema da campanha Think Different que a Apple lançou em 1997, logo após a volta de Steve à Apple:
Se o desiderium aeternitatis (o anseio pela eternidade) estava claramente presente na vida de Steve, sua jornada aparentemente nunca o levou a reconhecer Aquele que é transcendente, ou a conhecer a Sua imanência. Isso dá uma dimensão ainda mais grave à sua morte, pois nem o brilho que demonstrou, nem as riquezas que gerou, nem a beleza dos produtos que criou, o seguirão no próximo passo de sua jornada. E isso faz parte da minha tristeza nesse momento, ao refletir sobre uma vida cheia de promessa e potencial, brilho e bonança, criatividade e convicção, sucesso e…
Esse ser humano, feito na imagem de Deus, verdadeira obra de arte divina, que expressava a criatividade e beleza do Criador naquilo que produzia, e cuja morte deixa a nossa civilização empobrecida em arte e visão, muito provavelmente morreu sem salvação.
Mais do que qualquer dor que possa sentir por ter admirado o homem há quase 25 anos, mais do que o sentimento de ter perdido alguém que mudou muitos aspectos práticos da minha vida e que possibilitou muitas etapas de minha carreira, mais do que a tragédia do potencial perdido por causa de uma doença silenciosa, porém mortal, que também afeta a minha família, é isso o que me entristece: Steve Jobs, quase certamente, morreu sem conhecer a Jesus como seu Redentor e Senhor.
É importante reconhecer o brilho do homem, e de onde veio. É louvável entristecermo-nos com a perda para a nossa civilização e sociedade. Mas é essencial compreendermos que nessa vida, não há nem Undo, nem Restart. As decisões que tomamos aqui são o que determinam o nosso destino eterno, e o único caminho para a vida eterna é através de Jesus Cristo:
Transcendência
Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.Quem já assistiu ao excelente Pirates of Silicon Valley (Piratas do Vale do Silício) conhece um pouco da jornada de Steve. Há algumas cenas no filme que demonstram o desejo que o Steve tinha pela transcendência, a sua busca por algo além da nossa realidade. Esse desejo levou Steve, na sua juventude, a buscar respostas em lugares não convencionais. Viajou bastante com diversas drogas e passeou na Índia, flertando com o misticismo Hindu e aterrissando enfim no Budismo, religião que – aparentemente – seguiu até a sua morte. Talvez esse desejo de atravessar o espelho e descobrir o que havia do outro lado, de trazer idéias para o nosso lado que fossem mágicas e que não se comportassem às nossas noções do que era possível ou permissível, tenha sido o que o levou a descartar os limites que o cercavam no mundo da tecnologia e a pensar de forma diferente.
~ Eclesiastes 3.11
Foi esse o tema da campanha Think Different que a Apple lançou em 1997, logo após a volta de Steve à Apple:
Essa é uma homenagem aos loucos. Aos desajustados. Aos rebeldes. Aos criadores de caso. Às peças redondas nos buracos quadrados. Aos que vêem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles impulsionam a raça humana. Enquanto alguns os vêem como loucos, nós reconhecemos o seu brilho. Porque as pessoas que são loucas ao ponto de pensar que podem mudar o mundo, são as que de fato, o mudam.Não há dúvida que Steve tenha conseguido isso. Sua liderança na Apple, na NeXT e na Pixar alavancaram inovações em múltiplas indústrias. Foi pioneiro no cinema digital, produzindo obras primas como Toy Story e A Bug's Life (Vida de Inseto) quando o resto da indústria pensava ser impossível atingir esse nível de sofisticação, e conseguiu fazê-lo com roteiros interessantes e atores cativantes. Transformou o computador de uma caixa cinza chata e barulhenta em uma obra de arte, desde o primeiro iMac até o atual MacBook Air, façanha que seus concorrentes até hoje tentam copiar. Mudou o nosso modo de interagir com a tecnologia, distilando idéias "apropriadas" da Xerox para criar a interface gráfica de janelas e menus, popularizando o mouse como instrumento de controle, revolucionando novamente a interfáce gráfica com o Mac OS X (que continua a influenciar profundamente o Windows) e por uma terceira vez, com o iOS. Sacudiu a indústria musical com o iPod e o iTunes, transformando a Apple na maior vendedora de música do mundo e possibilitando que carregássemos as nossas audiotecas completas no bolso. Revolucionou o conceito de smart phone com o iPhone, de maneira tal que os smart phones que o antecederam ficaram com aparência de asno. E no fim, conseguiu fazer o que o resto da indústria de informática tentava há mais de uma década: introduzir o tablet na sociedade de uma forma tão profunda que já faz parte integral das vidas de muitos.
Imanência
Esse ser humano, feito na imagem de Deus, verdadeira obra de arte divina, que expressava a criatividade e beleza do Criador naquilo que produzia, e cuja morte deixa a nossa civilização empobrecida em arte e visão, muito provavelmente morreu sem salvação.
Mais do que qualquer dor que possa sentir por ter admirado o homem há quase 25 anos, mais do que o sentimento de ter perdido alguém que mudou muitos aspectos práticos da minha vida e que possibilitou muitas etapas de minha carreira, mais do que a tragédia do potencial perdido por causa de uma doença silenciosa, porém mortal, que também afeta a minha família, é isso o que me entristece: Steve Jobs, quase certamente, morreu sem conhecer a Jesus como seu Redentor e Senhor.
É importante reconhecer o brilho do homem, e de onde veio. É louvável entristecermo-nos com a perda para a nossa civilização e sociedade. Mas é essencial compreendermos que nessa vida, não há nem Undo, nem Restart. As decisões que tomamos aqui são o que determinam o nosso destino eterno, e o único caminho para a vida eterna é através de Jesus Cristo:
E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.Nossas orações estão com a família de Steve, e nosso desejo é que eles possam conhecer Aquele que é Transcendente, Imanente, Amor, Bondade, Justiça e Verdade.
~ Hebreus 9.27
David Zekveld Portela
PSD - O VELHO PARTIDO
O PSD, afinal, existe e está apto a disputar as eleições municipais do próximo ano. É aqui na Bahia onde, em termos relativos, ele nasce mais forte, com uma liderança experiente, o vice-governador Otto Alencar, criado e formado na escola política de ACM. Entre os dois fatos, o partido e a escola política, poderia nada haver que estabelecesse um fator de união, algo que marcasse a nova legenda. Mas existe. E muito.
*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde deste domingo (9).
Nada a se comparar com o DEM, herdeiro do PFL, que, por sua vez, era filho do PDS da ditadura, que antes foi Arena no sistema bipartidário ditatorial e, lá atrás, antes do golpe de 1964, o avozinho ou bisavô, era UDN – União Democrática Nacional – sob as regras da Constituição de 1964. A UDN foi criada para conspirar. Assim posto, num processo de regressão, o gene do PSD que surge pode estar lá, na velha, quase esquecida UDN, berço de ACM e de muitos outros políticos de importância na época, dentre eles o maior conspirador, o mais poderoso em essência, Carlos Lacerda, chamado “O Corvo”, que sonhou antecipar, derrubando Getúlio Vargas – (que ao morrer, com uma bala desferida no peito, abortou o sonho) – o golpe que viria acontecer em 1964, dez anos depois da morte de Vargas.
Está complicado, Otto Alencar? Claro, um pouco, reconheço. A história exige paciência para ser compreendida, mesmo assim muitas vezes não se consegue entendê-la bem. O PSD vem de lá, dos meados do século passado. Depois, tomou, de forma invisível, o lugar da Arena-PDS-PFL que, praticamente, se evaporou na grande diáspora que surpreendeu (mas nem tanto) com a morte de ACM somada à vitória de Jaques Wagner que detonou, pela fadiga, o grande ciclo carlista de poder.
Quem tiver memória razoável provavelmente lembra-se da fotografia estampada na mídia baiana e nacional, na noite da apuração que determinou a derrota de Paulo Souto. No caso, não foi a vitória de Wagner; foi a derrota mesmo. Numa cadeira, no Palácio de Ondina, ACM foi fotografado em profunda tristeza, pernas abertas a olhar, entre elas, o chão. Ali estava o chão e seu e seu significado: o fim. Havia acabado tudo. Ponto final numa longa carreira de mando na Bahia.
Pouco a pouco os carlistas, antes tão fiéis, na verdade fidelidade alimentada pelo medo, sem esperar o período de luto, foram desaparecendo, desaparecendo e...sumiram! Foram-se praticamente todos, senão todos. Ficou apenas parte da família, representada pelo deputado ACM Neto, porque até Paulo Magalhães, eleito sempre com os votos de Luís Eduardo Magalhães, pulou fora. Espalharam-se todos pelas demais legendas. Agora, o susto: o maior herdeiro deles, pelo processo de gravidade que o poder exerce para alimentar o adesismo, foi, queira ele ou não, o governador Jaques Wagner.
Para juntar a sua tropa, ACM levou 40 anos. Antes de começar, foi mimado pelo Juracisismo, pelos coronéis, pelas oligarquias baianas que ele herdou. Já Wagner, não. Encontrou o formigueiro, ou cupinzeiro, desfeito e espalhado, sem rumo. No início, ficaram assim envergonhados, mas, pouco a pouco, foram se chegando. Agora estão eles à sombra do poder, à sombra do governo, não à sombra de Jaques Wagner. Estão de passagem, depois mudam. Porque a política é assim mesmo: não tem caráter. Macunaímica e brasileirissimamente, é sem vergonha por essência. E daí? E o PSD de Otto com tudo isso? Tudo, meus caros leitores, tudo. O PSD é forte na Bahia porque atraiu as mariposas que estavam em busca da luz. Juntou os cacos em forma de políticos, que não primam por honrar princípios, ideologias, pensamentos, posturas, princípios, enfim. Assim será até as eleições de 2014.
O partido sai. Na largada, com 11 deputados estaduais, mas, quando chegar o momento de disputar o voto após uma campanha, estarão em outros ninhos porque difícil crer que o PSD fará uma bancada com dimensão igual ao número de abrigados sob o seu guarda-chuva de agora. Pronto, vou terminar. O PSD é um partido oco. Os demais também são. Mas é mulato na cor (como na música). Enfim, uma mistura étnica que começa na UDB do “Corvo” Carlos Lacerda. O PSD passa pela Arena, PDS, PFL, pula o DEM e chega no que imagina ser o novo. Não. Definitivamente não é. O seu berço é oligárquico.
*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde deste domingo (9).
terça-feira, 4 de outubro de 2011
ANALFABETO POLÍTICO
O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Hoje é um tempo para mudanças...
Hoje é um tempo para mudanças...
TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo
- o propósito debaixo do céu. Ecl. 3:1 Hoje seguramente é tempo de elogiar e abraçar, beijar mais do que fazer cobranças.
- Hoje é tempo de abrir a boca e pedir perdão por não ter reconhecido a nossa falta de tempo a mais tempo.
- Hoje é tempo de sair para jantar fora, É tempo de namorar a esposa(o) conversar, relembrar e sonhar, sonhar muito porem não se esquecendo que o nosso futuro a Deus pertence.
Hoje é tempo também de perdoar pequenas ou grandes falhas.
Nunca está fora do tempo a descoberta que somos humanos, que somos frágeis, meras porcelanas que podem a qualquer momento se quebrar
ANOTAÇÕES DA HISTÓRIA - BRASIL
- A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, alterou as relações econômicas da colônia com a economia mundial porque rompeu o Pacto colonial, com a abertura dos portos. Ela beneficiou principalmente a Inglaterra, que passou a ter, no mercado da colônia privilégios alfandegários especiais, fato que colocou o Brasil na sua total dependência econômica.
- O Período Joanino acelerou o processo de independência do Brasil à medida que transferiu para o Brasil o centro das decisões políticas que eliminou o estado colonial (reino unido de Portugal e Algarves) devido a permanência da Corte portuguesa no Brasil.
- Os Tratados de Comércio e Navegação de 1810 beneficiava os comerciantes ingleses com um imposto alfandegário de apenas 15%, sobre seus produtos que entravam no país, enquanto que um produto português pagava 16% e de outro país, 24%. Muitos produtos ingleses passaram a ser comercializados no Brasil. Eles foram passos importantes para a nossa independência de Portugal e o inicio da nossa dependência em relação à Inglaterra. Portanto, na 1ª metade do século XIX, a economia brasileira apresentou como uma de suas características uma grande dependência em relação à Inglaterra, que era a potencia economicamente dominante.
- A Revolução do Porto aconteceu em Portugal destruiu o Absolutismo em Portugal. Os revolucionários ordenou a volta de D. João VI e tentou recolonizar o Brasil.
Independência – Não foi um fato histórico isolado, mas estava ligada a conjuntura americana (independência da América espanhola). De um lado havia as ambições políticas de D. Pedro ao lado dos interesses dos dois grupos mais fortes da época naquele momento: a aristocracia rural, que desejava uma transição com ordem e temia perder o poder e autonomia e a liberdade de comércio conquistada, e os ingleses, que visavam os lucros que as relações comerciais com o Brasil prometiam.
A independência do Brasil implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e escravos. Ela foi essencialmente política, pois manteve a estrutura escravista da época colonial e a dependência econômica. Ela favoreceu a aristocracia rural que manteve as estruturas que determinavam seus privilégios.
- Forma de Governo: nos países da América espanhola adotaram a República, o Brasil a Monarquia. A principal diferença entre eles refere-se ao exercício do poder. Na Monarquia, o poder concentra-se nas mãos de um rei e é transmitido de forma hereditária. Na República é o presidente (ou primeiro-ministro) quem governa e sua escolha é feita mediante uma eleição, definindo-se um período fixo para o mandato. Na monarquia, os habitantes são considerados súditos do rei, na República, cidadãos.
- O 1º país a reconhecer a nossa independência foi os EUA, graças a Doutrina Monroe (
A América para os americanos) pela qual os americanos condenavam a intervenção européia na América. A Inglaterra para reconhecer a nossa independência exigiu a renovação dos tratados de 1810, por mais 15 anos. Isso trouxe como resultado um constante déficit brasileiro, obrigando o país a recorrer a sucessivos empréstimos, além de inviabilizar o desenvolvimento da produção industrial.
A América para os americanos) pela qual os americanos condenavam a intervenção européia na América. A Inglaterra para reconhecer a nossa independência exigiu a renovação dos tratados de 1810, por mais 15 anos. Isso trouxe como resultado um constante déficit brasileiro, obrigando o país a recorrer a sucessivos empréstimos, além de inviabilizar o desenvolvimento da produção industrial.
- Em novembro de 1823, D. Pedro fechou a Assembléia Constituinte, já que um grupo defendia uma monarquia constitucional sobre o controle do legislativo, ou seja, iria limitar seu poder. Em março do ano seguinte, outorgou uma Carta Constitucional à nação. Os liberais protestaram devido ao fato de o imperador haver desrespeitado a representação dos cidadãos, na figura dos deputados constituintes.
- A Constituição de 1824 possuía 4 poderes (executivo, legislativo, judiciário e moderador) sob controle do imperador. Era elitista (censitária). Senado vitalício.
- A introdução do poder Moderador, inspirado em filósofos políticos franceses, na Constituição de 1824, que regeu a o destino do Império, significou, na verdade, uma centralização do poder monárquico, ao qual ficavam subordinados os demais poderes. O voto era limitado a uma minoria, pois era censitário e indireto.
- Dentre as diversas revoltas e insurreições que antecederam a abdicação de D. Pedro I em 1831, um foi especialmente importante pelos ideais republicanos de seus líderes, entre os quais Frei Caneca. Outra característica desse movimento teria sido a proclamação da República em 1824 em Pernambuco, com a adoção da Constituição da Colômbia. Pregavam a igualdade, mas defendia a manutenção da escravidão. Teve como causas: a frustração dos liberais diante da dissolução da Constituinte, a imposição da Constituição de 1824, agravada pela nomeação de Paes Barreto à presidência de Pernambuco. O movimento foi duramente reprimido e Frei Caneca condenado à morte e fuzilado. Esse movimento ficou conhecido como Confederação do Equador.
- Guerra da Cisplatina – O Uruguai era uma antiga região colonial espanhola. Quando D. João VI veio para o Brasil, ordenou a ocupação militar do Uruguai. Depois da independência do Brasil, o Uruguai continuou pertencendo ao Brasil, agora com o nome de Província Cisplatina. Os patriotas uruguaios iniciaram uma luta para a independência. A Argentina entra em cena e deseja incorporar o território uruguaio. No final, o povo uruguaio, auxiliado pelos ingleses, conquistou a independência. A derrota do Brasil aumentou a insatisfação da população contra D. Pedro I.
- O governo de D. Pedro I foi muito autoritário. Perseguiu os opositores, mandando prender, torturar e até matar. Fechou jornais, proibiu manifestações publicas. Impôs a Constituição de 1824 e reprimiu com violência a Confederação do Equador.
- O autoritarismo do imperador, a crise econômica (baixas exportações, inflação, dívida externa, quebra do Banco do Brasil), a derrota na Guerra da Cisplatina; o envolvimento exagerado na questão da sucessão do trono português; a nomeação de ministros do partido português; o assassinato do jornalista Libero Badaró.
- A abdicação do imperador Pedro I representou a culminância dos diferentes problemas que caracterizam o 1º Reinado, como o conflito com a aristocracia rural pelo controle do país, o governo centralizado e com tendências despóticas de D. Pedro I; os gastos com a guerra da Cisplatina e a questão sucessória de Portugal.
- A Noite das Garrafadas foi o conflito entre os opositores brasileiros e os partidários de D. Pedro em março de 1831, nas ruas do Rio de Janeiro, denunciando a impopularidade do imperador.
- No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro em favor de seu filho menor, D.Pedro de Alcântara.
- As elites políticas que estimularam a mobilização das massas para exigir a abdicação de D. Pedro I, em caráter de emergência, formaram a Regência Trina Provisória, pois os deputados estavam em férias e se temia a agitação popular. Só mais tarde, instituíram a Regência Trina Permanente.
- Foi no período regencial que nasceram os primeiros partidos políticos brasileiros: o Partido dos Exaltados, o Partido dos Moderados (defendia: a defesa da ordem vigente e o respeito às autoridades constituídas; propunham reformas graduais, continuação da Monarquia e do voto censitário, manutenção da economia agroexportadora e escravista) e o Partido Restaurador (queria a volta de D. Pedro). Os moderados acabaram se dividindo em dois novos partidos: os Progressistas ou Partido Liberal (defendia o regime republicano, a libertação econômica do Brasil com relação à Inglaterra; certa autonomia para as províncias e eram contra o voto censitário e a favor do voto universal) e os Regressistas ou Partido Conservador, que manobraram a política brasileira até a proclamação da República.
- Com o ato adicional de 1834, a Regência Trina Permanente deu lugar a Regência Una. Ele buscou conciliar as diversas facções políticas, amenizando os conflitos políticos.
- Tratar o povo brasileiro com desprezo e violência já era uma tradição das elites governantes brasileiras e seus mercenários estrangeiros, como ocorreu nas guerras da independência, quando Greenfel prendeu e queimou com cal virgem 300 pessoas em um porão do navio. Isso ocorreu no Pará, onde os cabanos esfarrapados lutaram contra as tropas inglesas. Vinganças e atrocidades reduziram em 5 anos, a população do Norte de 100 mil para 40 mil habitantes.
- A história da escravidão é também a história das rebeliões de escravos. Revolta dos Males (1335) ocorreu na Bahia. Foi uma revolta de escravos muçulmanos.
- A CABANAGEM – provocou a morte de 30 mil pessoas. Começou associando fazendeiros e comerciantes do Pará, inconformados com a nomeação de um presidente provincial indesejável e a população miserável, que vivia em cabanas (cabanos), desejosa de melhores condições de vida. Depois de chegar ao poder, a rebelião foi esmagada totalmente em 1840.
- A BALAIADA (1838-1841) foi um movimento de revolta da população do Maranhão que ganhou tal nome porque um dos seus líderes era Manuel Balaio, fabricante de balaios, assim como muitos artesãos que o seguiram. A eles se juntaram vaqueiros e escravos.
- A SABINADA cujo nome deriva de Francisco Sabino, seu principal líder, envolveu fazendeiros e militares descontentes. Defendiam uma República Bahiense, a separação da província até a maioridade de Dom Pedro e a convocação de uma Assembléia Constituinte. Tinha como meta principal a industrialização do país.
- Revolução Farroupilha no RS eram contra os impostos excessivos pagos ao governo imperial e as dificuldades dos produtores de charque e couro, que pagavam impostos e não eram protegidos da concorrência platina. Caxias anistiou os farroupilhas através da incorporação dos oficiais revoltosos ao Exército Nacional; devolução das propriedades ocupadas ou confiscadas durante a guerra; libertação dos escravos que haviam participado da rebelião.
- A criação da Guarda Nacional, em 1831, durante o governo regencial, teve como um dos seus objetivos reprimirem as agitações e amotinações que perturbavam a nação, mantendo a ordem existente. Era a principal força armada terrestre. Só homens ricos é que faziam parte dela. Ela aumentava o poder local dos fazendeiros: eles é que iriam controlar a Justiça nos municípios onde viviam.
- O Clube da Maioridade foi fundado pelos liberais e queriam antecipar a coroação de D. Pedro II, ainda menor de idade. Acabou conseguindo (golpe da maioridade) ao coroá-lo aos 15 anos.
- Não havia diferença entre liberais e conservadores no tempo do Império. Nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder. A alternância no poder era constante. As eleições não representavam a vontade do povo, mas sim dos grandes proprietários rurais, que dominavam as províncias. Um exemplo da ação dos partidos foram as chamadas eleições do cacete, em que os liberais, no poder, contrataram arruaceiros para assaltar as mesas eleitorais a cacetadas. Os conservadores usavam as mesmas práticas.
- O Café se expandiu no Vale do Paraíba e noroeste paulista. Contribuiu para isso: a decadência das lavouras tradicionais: cana-de-açúcar, algodão e fumo, ante a concorrência estrangeira; da decadência do ouro; a proibição ao tráfico, que elevou o preço do escravo; a independência dos Estados Unido, grandes consumidores. Assim, o café transformou-se no “produto rei” da exportação brasileira na 2ª metade do século XIX.
- As elites brasileiras lutaram para manter a sociedade baseada na grande propriedade da terra, no trabalho escravo, na quase total ausência de direitos de cidadania para a maioria dos brasileiros. Para isso, eles alteraram a forma de governo e implantaram uma monarquia parlamentar. Foi um “parlamento às avessas” porque existia o Poder Moderador que estava acima do Parlamento (deputados e senadores). Portanto, o imperador do Brasil tinha muitos poderes. Era ele que demitia e nomeava o primeiro-ministro.
- O Partido Conservador e o Liberal representavam a aristocracia rural (os grandes proprietários de terra e de escravos) do 2º império. Em principio, os liberais eram um pouco mais a favor da autonomia das províncias.
- Revolução Praieira (1848) ocorreu em Pernambuco e deveu seu nome à Rua da Praia, no Recife, onde funcionava o jornal Diário Novo. Os praieiros, já revoltosos com o domínio político das famílias oligárquicas e com o controle do comércio pelos portugueses, lançaram-se a rebelião quando o governo central nomeou para a presidência da província um conservador de Minas Gerais. Lutavam pelos ideais liberais (voto universal, liberdade de imprensa, extinção do poder Moderador) e nacionalistas ( reserva de comércio aos cidadãos brasileiros, afastando os estrangeiros portugueses). Os revoltosos queriam que o governo criasse oficinas para dar trabalhos aos desempregados. As reivindicações questionavam as diferenciações os privilégios no país, em geral, e em Pernambuco, m particular. A repressão foi brutal. Prisões, torturas e execuções
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