sexta-feira, 18 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO

Viramos súditos das respostas simplórias. Todos fazem estudos que demonstram que professores melhores e mais tempo em sala de aula dão resultado melhor. Como a questão de professores melhores é subjetiva, e que leva tempo (uma ou duas décadas) para se consertar, parte-se para o segundo item. Assim, começa a grita pela escola integral e por mais tempo na sala de aula. Como se torturar a meninada com mais horas monótonas e mal pensadas fosse resultar em aprendizado duradouro. Que bobagem! Isso não passa de um clichê, que serve para dar aos pais e aos políticos a sensação, idealizada, de que algo está sendo feito. O custo é altíssimo, e esse percentual a mais de PIB que iria custear um aumento de jornada deveria ser usado na reforma curricular. [...] No mundo que está por vir, com currículos baseados na web e abolição gradual do sistema conteudista, acrescentar horas de aula é quase um ato criminoso. Essa dinheirama precisa ser redirecionada a fim de preparar as escolas para a revolução digital. Que, aliás, permitirá aos alunos surfarem questões em casa, em vez de acorrentá-los às carteiras.”Ricardo Semler – Folha de S.Paulo, 24/10/2011

DINHEIRO PARA SAÚDE DE VARZEA NOVA

Depois de várias tentativas junto a Secretária Estadual de Saúde e Ministério da Saúde e idas a Brasília, o Prefeito Tica, com a participação do Dep Nelson  Pelegrini, conseguiu  que  o Governo Federal disponibilizasse  para o município o valor de  R$ 500.000,00, sendo  necessário realizar uma Audiência Pública com a presença do Município - prefeito, Câmara de Vereadores, Câmara dos Deputados (um Deputado Federal presente ou representante) e sociedade civil (representação de Entidades). 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Capitães da Areia: as ruas da Bahia no cinema

É claro que muita coisa mudou desde a publicação de Capitães da Areia, romance dos mais expressivos da obra de Jorge Amado. Basta dizer que, em 1937, ano de sua primeira edição, exemplares foram queimados nas ruas da Bahia junto com obras de outros escritores, sob acusação de propaganda do Partido Comunista, do qual o escritor era militante. Vivíamos os primeiros momentos da ditadura do Estado Novo. Hoje vivemos num estado democrático de direito e festejamos os cem anos de nascimento de Jorge. Contudo, a transcrição do romance para o cinema nos leva a refletir sobre a obra, o criador e suas criaturas.
Capitães da Areia é um romance social de Jorge Amado. Nele, o autor narra a vida, a história e as peripécias de um grupo de crianças órfãs ou abandonadas que vivem nas ruas da capital baiana praticando pequenos furtos e biscates para sobreviver. À noite, além de namorar pelos becos, beber e fazer farra nos areais da Cidade Baixa, eles roubam as casas dos ricos na Cidade Alta e dormem nos trapiches abandonados nas cercanias do Porto.
O romance tem a clara intenção de denunciar o abandono das crianças por parte do Estado e da sociedade, que as vê como bandidos e exigem que devam ser tratadas pela polícia como tal. E a polícia, na opinião das elites e dos governantes, deve prendê-las e puní-las; ou, na melhor das hipóteses, encarcerá-las nos reformatórios.
Através da voz do narrador, fica evidente que o drama vivido pelas crianças retrata um problema social decorrente da omissão do Estado. Subjacente a este discurso do narrador está a acusação de que o abandono dos meninos é conseqüência de um mal maior: o sistema capitalista, causador de desigualdades e opressão e que, portanto, deve ser substituído por outro sistema, mais igualitário; o socialista.
Em apoio ao discurso do narrador, a construção dos personagens de Capitães da Areia é feita de forma a desconstruir o discurso das elites que os caracterizam como bandidos. Assim, Pedro Bala – o chefe dos meninos de rua que se transforma em líder de greves e militante do Partido Comunista – Professor, Gato, Sem Pernas, Pirulito, Volta Seca, Dora e outros “capitães” são mostrados como crianças que sentem falta da figura materna, são alegres e brincalhonas, têm sonhos e fantasias, ainda que sejam obrigadas a se comportar como adultos para sobreviver.

Abstendo-se de fazer análise sociológica e comparações do tempo do romance com o mundo contemporâneo ou com a Bahia de 2011, percebe-se que o romance Capitães da Areia tem atualidade na sua essência. A existência, ainda hoje, de crianças de rua no mais completo estado de abandono por ausência ou ineficácia das políticas públicas, faz os "capitães de areia" de hoje terem de recorrer aos mesmos métodos de Pedro Bala e sua turma para sobreviver, apesar de os trapiches não mais estarem disponíveis e os depósitos abandonados de ontem terem sido transformados em casas de show, prédios requintados ou restaurantes de luxo. Para os meninos e meninas de rua restaram apenas as calçadas, pedaços de papelão e a tragédia das drogas.
 
* Everaldo Augusto é professor e mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal da Bahia (Ufba)

domingo, 13 de novembro de 2011

FRASES

Viramos súditos das respostas simplórias. Todos fazem estudos que demonstram que professores melhores e mais tempo em sala de aula dão resultado melhor. Como a questão de professores melhores é subjetiva, e que leva tempo (uma ou duas décadas) para se consertar, parte-se para o segundo item. Assim, começa a grita pela escola integral e por mais tempo na sala de aula. Como se torturar a meninada com mais horas monótonas e mal pensadas fosse resultar em aprendizado duradouro. Que bobagem! Isso não passa de um clichê, que serve para dar aos pais e aos políticos a sensação, idealizada, de que algo está sendo feito. O custo é altíssimo, e esse percentual a mais de PIB que iria custear um aumento de jornada deveria ser usado na reforma curricular. [...] No mundo que está por vir, com currículos baseados na web e abolição gradual do sistema conteudista, acrescentar horas de aula é quase um ato criminoso. Essa dinheirama precisa ser redirecionada a fim de preparar as escolas para a revolução digital. Que, aliás, permitirá aos alunos surfarem questões em casa, em vez de acorrentá-los às carteiras.”Ricardo Semler – Folha de S.Paulo, 24/10/2011

FRASES

"Existe um denominador comum das crises econômicas, sociais e ambientais do nosso planeta: o padrão de consumo humano. Os estilos de vida da sociedade são um dos fatores que resultam nas chamadas doenças crônicas não transmissíveis: câncer, doenças respiratórias, condições cardiovasculares, hipertensão e diabetes, que matam no mundo cerca de 35 milhões de pessoas por ano. Tabagismo, alimentos com alto teor de gordura, sal e açúcar e o consumo nocivo de bebidas alcoólicas causam mais de dois terços dos novos casos dessas doenças. [...] O homem é parte do ambiente em que vive. Os agravos sobre a saúde do planeta e a saúde humana têm causas interligadas. Para resolvê-los, é imperativo que os países adotem uma abordagem sistêmica e integrada.”Luiz Antônio Santini e Tânia Cavalcante – Folha de S.Paulo, 23/10/2011

sábado, 12 de novembro de 2011

FRASES

Apenas uma população bem informada será capaz de tomar as decisões para um futuro melhor. Por isso, precisamos de mais ciência na mídia, nas escolas, nas nossas comunidades. Se o Brasil quer estar entre as cinco maiores potências mundiais nas próximas décadas, precisará de uma população educada cientificamente, preparada para competir com países que sabem da importância da ciência para o desenvolvimento.”Marcelo Gleiser – Folha de S.Paulo, 23/10/2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FRASES

A Biblia nos ensina a melhor forma de viver. a forma mais nobre de sofrer e a forma mais confortável de morrer

CULTURA E IDEOLOGIA - ANOTAÇÕES SOCIOLOGICAS

Mundo natural é aquele que, como já se diz, pertence estritamente à Natureza e, por conseguinte, constitui-se de produtos livres de intervenção humana.  Só não pertencem ao mundo natural os produtos resultantes, sejam em parte ou não, da ação humana, pois estes devem entrar no domínio da cultura.
CULTURA - É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação (língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, arte, moral, etc), estando em permanente processo de mudança.
O antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) diz que a cultura deve ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos, entre os quais se incluem a arte, a ciência, a religião e as normas econômicas. Esses sistemas se relacionam e influenciam a realidade social e física das diferentes sociedades.
Ele procurou analisar o que era comum e constante em todas as sociedades, ou seja, as regras universais e os elementos indispensáveis para a vida social.
Discriminar significa "fazer uma distinção". O significado mais comum tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, étnica.
DIVERSIDADE - Movimento que vai na contra-corrente da monocultura ou cultura única. Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto sob certa ótica, nascer e conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou ser mulher são algumas condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e ideológica.
ETNOCENTRISMO é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. Ou seja, cada grupo ou sociedade se acha superior e olha com desprezo e desdém os outros, tidos como estranhos ou estrangeiros. Trata-se de uma atitude discriminatória e preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico sendo considerado como superior a outro.
Na História, temos exemplos de etnocentrismo: os romanos chamavam de “bárbaros” aqueles que não eram da sua cultura; os europeus, no período dos grandes descobrimentos, chamavam os moradores da América de “selvagens”.
O etnocentrismo foi um dos responsáveis pela geração de intolerância e preconceito – cultural, religioso, étnico e político. Hoje, ele se manifesta: a) na ideologia racista da supremacia do branco sobre o negro ou de uma etnia sobre a outra; b) que a cultura ocidental é superior as demais e que elas devem mudar suas crenças, normas e valores;
Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes.
Trocas culturais e culturas híbridas - Em seu livro Culturas híbridas, Néstor García Can­clini, ele declara que, até o século XIX, as relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas oralmente e por meio de livros.
Já no século XIX e início do século XX, cresceu a possibilidade de trocas culturais, pois houve um grande desenvolvimento dos meios de transporte, do sistema de correios, da telefonia, do rádio e do cinema. As pessoas passaram a ter contato com situações e culturas diferentes. O mundo não era mais apenas o local em que um grupo vivia. Tornou-se muito mais amplo, assim como as possibilidades culturais.
No decorrer do século XX, com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação, o cinema; a televisão e a internet tornaram-se instrumentos de trocas culturais intensas, e os contatos individuais e sociais passaram a ter não um, mas múltiplos pontos de origem e não se sabe mais a origem delas. As culturas de países distantes ou próximos se mesclam a essas expressões, construindo culturas híbridas que não podem ser mais caracterizadas como de um país, mas como parte de uma imensa cultura mundial.
Cultura erudita e cultura popular - A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior, identificada com as elites.
A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a mú­sica clássica de padrão europeu, as artes plásticas - escultura e pintura -, o teatro e a literatura de cunho universal. Esses produ­tos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns casos, até deixados de herança como bens físicos:
A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música - de sertaneja a cabocla -, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, en­fim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao que é tradicionalmente produzido no meio rural. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sin­cretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural de base popular. .
A ideologia, suas origens e perspectivas - Uma das primeiras idéias sobre ideologia foi expressa por Francis Ba­con (1561-1626). Ao recomendar um estudo baseado na obser­vação, declarava que, até aquele momento, o entendimento da verdade estava obscurecido por ídolos, ou seja, por idéias erradas e irracionais.
Um segundo sentido de ideologia, o de "idéia falsa" ou "ilusão", foi utilizado por Napoleão Bonaparte em 1812. Napoleão afirmou que seus adversários, que questionavam e pertur­bavam a sua ação governamental, eram apenas metafísicos, pois o que pensavam não tinha conexão com o que estava acontecendo na realidade, na história.
Karl Marx se referiu à ideologia como um sistema ela­borado de representações e de idéias que correspondem a formas de consciência que os homens têm em determinada época. Ele afirmou ainda que as idéias dominantes em qualquer época são sempre as de quem domina a vida material e, portanto, a vida intelectual.
Marx desenvolveu a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como na câmara fotográfica, em que a imagem apare­ce "invertida".
Karl Mannheim (1893-1947) conceitua duas formas de ideologia: a particular e a total. A particular corres­ponde à ocultação da realidade, incluindo mentiras conscientes e ocultamentos subconscientes e inconscientes, que provocam enganos ou mesmo auto-enganos. A ideologia total é a visão de mundo (cosmovisão) de uma classe social ou de uma época. Nesse caso, não há ocultamento ou engano, apenas a reprodução das idéias próprias de uma classe ou idéias gerais que permeiam toda a sociedade.
Para Mannheim, as ideologias são sempre conservadoras, pois expressam o pensamento das classes dominantes, que visam à estabilização da ordem. Em contraposição, ele chama de utopia o que pensam as classes oprimidas, que buscam a transformação.
A ideologia e o grupo social - Todos nós participamos de certos grupos de idéias. São espécies de "bolsões" ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos, pelas quais também lutamos, que têm opiniões muito parecidas com as nossas.
A ideologia no cotidiano - Em nosso cotidiano, ao nos relacionarmos com as outras pessoas, exprimimos por meio de ações, palavras e sentimentos uma série de ele­mentos ideológicos. Como vivemos em uma sociedade capitalista, a lógica que a estrutura, a da mercadoria, permeia todas as nossas relações, sejam elas econômicas, políticas, sociais ou sentimentais. Podemos dizer que há um modo capitalista de viver, de sentir e de pensar.
A expressão da ideologia na sociedade capitalista pressupõe a elabora­ção de um discurso homogêneo, pretensamente universal, que, buscando identificar a realidade social com o que as classes dominantes pensam sobre ela, oculta as contradições existentes e silencia outros discursos e represen­tações contrárias.
Esse discurso não leva em conta a história e destaca categorias ge­néricas - a família ou a juventude, por exemplo -, passando, em cada caso, uma idéia de unidade, de uniformidade. Ora, existem famílias com constituições diferentes e em situações econômicas e sociais diversas. Há jovens que vivem nas periferias das cidades ou na zona rural, enfrentando dificuldades, bem como jovens que moram em bairros luxuosos ou con­domínios fechados, desfrutando de privilegiada situação econômica ou educacional. Portanto, não existe a família e a juventude, mas famílias e jovens diversos, cada qual com sua história.
Mas existem outras formas ideológicas que são desenvolvidas sem muito alar­de e que penetram nosso cotidiano. Uma delas é a idéia de felicidade. Felicidade, para muitos, é um estado relacionado ao amor, mas também significa estabilidade financeira e profissional, bem-estar existencial e material. É um conjunto de situa­ções, mas normalmente a mais focalizada é a amorosa. E os filmes, as novelas, as revistas, apesar de todas as condições adversas que um indivíduo possa enfrentar, estão sempre reforçando o lema: "o amor vence todas as dificuldades".
Talvez a maior de todas as expressões ideológicas que encontramos em nosso cotidiano seja a idéia de que o conhecimento científico é verdade inquestionável. Muitas pessoas podem não acreditar em uma explicação oferecida por campos do conhecimento que não são considerados científicos, mas basta dizer que se trata de resultado de pesquisa ou informação de um cientista para que a tomem como verda­de e passem a orientar suas práticas cotidianas por ela. Isso aparece principalmente quando as informações e notícias são veiculadas pelos meios de comunicação e se referem à saúde. Da busca do sentido da vida às possibilidades de sucesso, a ciência é vista como uma grande solução para todos os problemas, males e enigmas.
O pensamento científico é histórico e tem sua validade temporária, sendo a dúvida seu valor maior.
Mas o conhecimento científico, quando analisado da perspectiva de um pen­samento hegemônico ocidental, torna-se colonialista, pois o que é particular (oci­dental) se universaliza e se transforma em um paradigma que nega outras formas de explicar e conhecer o mundo. Assim, desqualifica outras culturas e saberes, tidos como inferiores e exóticos, como o conhecimento das civilizações ameríndias, orientais e árabe.








terça-feira, 8 de novembro de 2011

O TEIMOSO SONHO DA HUMANIDADE

No livro O Fim da Utopia (Record), o professor de história e educação da Universidade da Califórnia, Russell Jacoby, confessou ao Jornal do Brasil que ninguém vai querer viver sem utopias: “Penso que é importante manter-se compromissado com a idéia de que o futuro pode ser melhor e diferente. Abandonar isso acaba afetando a vida em todos os aspectos.” (JB, Idéias, 10/11/2001, p. 3.)
Dentro de cada um de nós há pelo menos uma vaga esperança de um mundo novo. Não importa se somos ignorantes ou letrados, pobres ou ricos, pagãos ou cristãos. O fenômeno é tão antigo quanto a mais antiga civilização. Até Karl Marx, que tentou destruir a religião, chamando-a de “o ópio do povo”, dizia que a história caminha para a remissão do homem de todas as injustiças, mazelas e desigualdades. Embora por vias totalmente opostas, o cristão também nutre essa visão escatológica, que termina com “novos céus e nova terra” (2 Pe 3.13, NVI).
Na mitologia romana, Anquises, aquele pastor de Tróia que se casou com a deusa Vênus, explicava ao filho Enéias: “A maioria das almas anseia, mais cedo ou mais tarde, pelo céu aberto, e vêm para beber o esquecimento e nascer outra vez”.
E na mitologia iraniana, “quando o tempo se aproximar do fim, Saoshyant, o sábio, virá para preparar o mundo para ser renovado e ajudar Ahura Mazda, aquele que sabe, a destruir o cruel Ahriman. Então o tempo chegará ao fim e haverá um novo começo para o mundo. Saoshyant levantará os mortos, Ahura Mazda unirá corpo e alma. O novo mundo será imortal. Aqueles que viveram até a idade adulta, serão trazidos de volta na idade de 40 anos; aqueles que morreram crianças serão trazidos com a idade de 15 anos; todos viverão felizes com suas famílias e amigos.” (Livro Ilustrado dos Mitos, pp. 155, 175-177.)
Ontem, os indígenas brasileiros alimentavam a esperança de “uma terra sem males”. Hoje, os esotéricos alimentam a esperança de “uma era de ouro”, a era de Aquário, quando desaparecerão a fome global, a ameaça de guerra nuclear, a destruição do meio ambiente, a Aids, a criminalidade etc.
O animal não tem esperança, nem sabe o que é esperança. A esperança é um fantástico problema do ser humano, “o único animal que tem a frescura de querer saber de onde vem, para onde vai e o que é que é”, segundo Millôr Fernandes. E, na vida, acrescenta Murilo Astora, presidente do Conselho Estadual Antidroga, do Rio de Janeiro, “só existe um homem perdido: aquele que perdeu a esperança”. É como explica a “nossa” Rainha Silvia, da Suécia, “felicidade, acima de tudo, e poder acreditar no futuro”.
A revista Época fez a clássica pergunta “Para onde caminha a humanidade?” à professora de filosofia política da USP Olgária Matos e obteve a seguinte resposta: “Para a utopia dos vales, onde corre o leite, o mel, ou para a barbárie, para a emancipação de todos os sentidos, ou para a destruição do homem pelo homem”. Mesmo que estejamos caminhando para “a destruição do homem pelo homem”, mesmo que experimentemos uma catástrofe mundial (de acordo com a mitologia escandinava), mesmo que o nosso planeta seja incendiado (de acordo com Pedro) — “nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pe 3.13).
Na esperança cristã, a humanidade caminha para um mundo novo. Mas não será por meio da evolução, das reencarnações, das religiões, da globalização, da guerra, do terrorismo, do pacifismo, da falida ONU, do nirvana nem do esforço humano. Será por meio de uma intervenção direta de Deus, por ocasião da 2ª vinda de Jesus Cristo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FRASES


1.   ""A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
2.   Deus existe para tranquilizar a saudade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DIA DO IDOSO - VÁRZEA NOVA

A Secretaria Municipal de Assistência Social, através do CRAS promoveu no último final de semana de outubro um passeio à Barra de Pojuca, litoral baiano, em comemoração ao Dia do Idoso.
Participaram da atividade os idosos ligados ao Centro de Convivência.
A atividade foi monitorada pela Sec. Valdenice Pimentel, a equipe do CRAS e uma enfermeira. Segundo a Secretária “Os passeios tem como objetivo oferecer o lazer e a confraternização entre os idosos atendidos, contribuindo para socialização entre eles. Eles proporcionam uma realidade diferente da que eles vivem. São momentos importantes e o Município tem proporcionado toda a estrutura...”.
As Secretarias de Ação Social e de Saúde tem desenvolvido diversas atividades voltadas para o idoso, contribuindo para a integração, autonomia e participação efetiva dos idosos na comunidade.
Esse é o 2º passeio realizado pela Secretaria fora da área geográfica do município.
Parabéns a Secretária, a Prefeitura Municipal pelas ações desenvolvidas e a todos os idosos pelo seu dia.

FINADOS – DIA DOS MORTOS

Dia dois de novembro é comemorado, em todo Brasil, o Dia de Finados. A data, instituída pelo catolicismo, remete à idéia de que, neste dia, os mortos devem ser homenageados. Como acreditam que, ao morrer, as pessoas ainda passam pelo “purgatório”, faz parte da tradição católica proferir rezas em favor dos mortos durante este dia, principalmente nos cemitérios.
Finados, morte, sepulcro, enterro, cemitério e etc. são palavras que não gostamos de ouvir. Esse assunto não é do interesse de ninguém, a menos que essas coisas chegam de repente sem mais nem menos. Todavia, a Palavra de Deus fala desse assunto. Sabemos que a morte em muitos momentos não é tão feia, nem tão imprópria. Ela vem, mais cedo ou mais tarde não há como escapar da mesma.
Um dia de saudades e tristeza pela morte de algum ente querido, mas também um dia de reflexão e valorização da vida.
Jesus ensinou que a vida humana é muito mais que mera existência humana. Disse nosso Senhor: “... Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente...” (Jo 11.25,26). Jesus não é somente aquele que ressuscita e dá vida; ele é pessoalmente a ressurreição e a vida.
A morte não tem a última palavra naqueles que são de Jesus. O que para muitos é o fim (finados), para aqueles que estão em Cristo é dia de esperança.  Esperança que vai além, de que estarão para sempre com o Senhor, desfrutando de uma vida mais rica e mais completa.Para quem está em Cristo, dois de novembro é o Dia da Esperança Cristã!